Consórcio Algres e Brasiluz são Investigados por Irregularidades na Licitação; Contratos sem Licitação Chamam Atenção
A gestão do prefeito Eduardo Braide em São Luís, no Maranhão, está atualmente sob intensa dúvida após alegações de uma licitação suspeita que levanta preocupações sobre possíveis favorecimentos em relação à concessão de contratos na área de iluminação pública.
As empresas Consórcio Algres e Brasiluz estão no centro das investigações devido a irregularidades observadas em diversos processos licitatórios, levantando a suspeita de fraude nessas transações. Um dos principais focos das alegações recai sobre o Consórcio Algres, que teria falhado em apresentar toda a documentação necessária durante o processo licitatório. Apesar disso, a comissão encarregada da licitação optou por manter o consórcio no processo, mesmo após a interposição de recursos administrativos contestando essa decisão.
Chama a atenção a forma como alguns contratos estão sendo realizados sem licitação, levantando questionamentos sobre transparência e procedimentos adequados. Um exemplo recente é a contratação da Citeluz em caráter emergencial, com um custo expressivo de mais de R$ 22 milhões. A empresa é vinculada ao empresário Marcelo Souza de Camargo Rodrigues, que possui participação societária em um amplo número de empresas em diversos estados do Brasil. Essa rede de conexões empresariais, somada a um capital social considerável, levanta preocupações quanto à possibilidade de monopólio ou favorecimento em contratos públicos.
Curiosamente, observa-se que Marcelo Rodrigues, da F. M. Rodrigues, e Ricardo Imbassahy, da Citeluz/Alques, têm sociedades em outras empresas que operam sistemas de iluminação pública em várias cidades pelo país. Esse padrão levanta suspeitas sobre possíveis práticas de favorecimento e falta de concorrência real.
O documento publicado no Diário Oficial do Município, e o valor total do contrato é de R$ 13.108.404,19 (treze milhões, cento e oito mil, quatrocentos e quatro reais e dezenove centavos), válido por apenas seis meses. Veja abaixo o contrato na íntegra:
A gestão do prefeito Eduardo Braide também enfrenta críticas por sua insistência em realizar contratações de empresas sem licitação, especialmente no tocante à administração de recursos provenientes dos consumidores, que são direcionados por meio das contas de luz e repassados pela Equatorial Maranhão à Prefeitura de São Luís. Essa abordagem levanta questões sobre a utilização adequada de recursos públicos e a necessidade de mais transparência nas decisões governamentais.
No contexto dessas acusações, o Ministério Público do Maranhão e o Tribunal de Contas do Estado devem monitorar de perto as ações da prefeitura e das empresas envolvidas, a fim de garantir a legalidade e a integridade dos processos licitatórios e contratos públicos relacionados à iluminação pública em São Luís.
Em tempo : o Ministério Público deve investigar esse imbróglio a véspera da eleição municipal em São Luís…