Na quinta-feira, 24, Jair Renan Bolsonaro, conhecido como filho ‘04’ do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de um mandado de busca e apreensão emitido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Essa ação é parte da Operação Nexum, que está investigando um grupo suspeito de envolvimento em falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.
Os investigadores executaram os mandados em dois endereços ligados a Jair Renan Bolsonaro: um apartamento em Santa Catarina e outra residência em uma área nobre de Brasília. No total, a operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, além de dois mandados de prisão. A PCDF afirmou que o objetivo era reprimir atividades criminosas relacionadas à falsificação de documentos, associação criminosa e outros crimes prejudiciais às finanças do Distrito Federal.
O principal alvo da operação é Maciel Carvalho, instrutor de tiro de Jair Renan Bolsonaro, e suspeito de ser o mentor do esquema. De acordo com a PCDF, Carvalho já possui registros criminais anteriores por diversos crimes, incluindo falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo.
Conforme a investigação da Operação Nexum, o grupo sob suspeita utilizava “laranjas” para ocultar os verdadeiros donos de empresas fantasmas. A PCDF revelou que Carvalho e seus cúmplices criaram identidades falsas para abrir contas bancárias e atuar como proprietários de pessoas jurídicas fictícias, usadas como intermediárias.
Além disso, foi descoberto que os investigados falsificavam informações de faturamento e outros documentos das empresas envolvidas, utilizando dados de contadores sem a devida autorização para inserir declarações fraudulentas.
A Operação Nexum, nomeada em referência ao mais antigo contrato formal romano usado para transferência de dinheiro e direitos simbólicos, foi conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR).