Empresário Adilton de Sousa Martins aparece como sócio em duas das três empresas habilitadas em Chamamento Público da Prefeitura de Barreirinhas

A gestão do prefeito Viní­cius Vale, fil­ho da pres­i­dente da Assem­bleia Leg­isla­ti­va do Maran­hão, dep­uta­da estad­ual Irace­ma Vale, está no cen­tro de mais uma polêmi­ca envol­ven­do con­tratos mil­ionários. Des­ta vez, tra­ta-se de uma lic­i­tação no val­or esti­ma­do de R$ 13.294.300,00 (treze mil­hões, duzen­tos e noven­ta e qua­tro mil e trezen­tos reais) para a com­pra de com­bustíveis, como gasoli­na e óleo diesel, por meio de Chama­men­to Públi­co.

O pon­to mais alar­mante do proces­so está no nome do empresário Adil­ton de Sousa Mar­tins, que figu­ra como sócio em duas das três empre­sas habil­i­tadas para a dis­pu­ta, lev­an­tan­do sus­peitas sobre pos­sív­el con­fli­to de inter­ess­es ou ten­ta­ti­va de con­cen­tração do fornec­i­men­to em um mes­mo grupo econômi­co.

As três empre­sas cre­den­ci­adas até ago­ra são:

• Auto Pos­to Fed­er­al – local­iza­do na Aveni­da Sobrad­in­ho, no povoa­do Sobrad­in­ho, zona rur­al de Bar­reir­in­has, de pro­priedade de Adil­ton de Sousa Mar­tins;

• Pos­to Janaí­na – situ­a­do na Aveni­da Rodoviária, bair­ro Boa Fé, de pro­priedade de Angéli­ca Rosa Ribeiro Vale Sil­va;

• Mar­tins & Almei­da Com­bustív­el LTDA – com sede na Aveni­da 31 de Março, bair­ro Ladeira, per­ten­cente a Adil­ton de Sousa Mar­tins e Nico­las Mota Almei­da.

O edi­tal pre­vê o abastec­i­men­to de diver­sas sec­re­tarias, como Edu­cação, Saúde, Assistên­cia Social, entre out­ras pas­tas do municí­pio. A quan­ti­dade pre­vista de com­bustív­el impres­siona: 4.460.000 litros, o que equiv­ale a cer­ca de 4.460 toneladas de gasoli­na e óleo diesel — um vol­ume con­sid­er­a­do despro­por­cional às dimen­sões da fro­ta e da estru­tu­ra admin­is­tra­ti­va da cidade.

Out­ro fato que chama atenção é que, mes­mo o edi­tal ten­do sido lança­do ain­da em janeiro, até ago­ra não há pub­li­cação ofi­cial do con­tra­to com a empre­sa vence­do­ra no Por­tal da Transparên­cia da prefeitu­ra.

Diante da situ­ação, cabem ques­tion­a­men­tos: qual o critério para taman­ha deman­da de com­bustív­el? Por que o proces­so se desen­ro­la sem a dev­i­da transparên­cia? E, prin­ci­pal­mente, por que um mes­mo empresário con­corre com duas empre­sas dis­tin­tas ao mes­mo con­tra­to mil­ionário?

A situ­ação deve acen­der o aler­ta no Min­istério Públi­co, no Tri­bunal de Con­tas do Esta­do e na Câmara de Vereadores de Bar­reir­in­has, que têm o dev­er con­sti­tu­cional de fis­calizar e zelar pelo uso cor­re­to dos recur­sos públi­cos.

Se con­fir­madas irreg­u­lar­i­dades, o caso pode se somar a out­ros episó­dios que colo­cam a gestão Viní­cius Vale sob sus­pei­ta de favorec­i­men­to e fal­ta de lisura nos proces­sos lic­i­tatórios. Veja o ter­mo de cre­den­ci­a­men­to ao Chamaen­to Públi­co cli­can­do no link AQUI…

Infor­mações : G7Ma