Pelo menos 25 contratos emergenciais, firmados pelo Município de São Luís com diferentes empresas, estão sob investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada pela Câmara Municipal de São Luís. Os acordos foram realizados desde o primeiro ano da administração de Eduardo Braide (PSD), em 2021.
Entre os acordos sob suspeita está o contrato com a Pier77, do empresário e ex-assessor de Braide na Assembleia Legislativa, Arthur Henrique Segalla de Carvalho Pereira, conhecido como “Sorriso”. A empresa dele foi contratada por mais de R$ 18 milhões para fornecer refeições a unidades de saúde da capital.
Além da dispensa de licitação e do valor vultuoso, a qualidade das refeições tem sido questionada. O assunto foi parar na Assembleia Legislativa, com os deputados Yglésio Moyses e Wellington do Curso falando sobre relatos da pouca quantidade e qualidade das refeições.
Em vez de tentar se explicar para a sociedade ludovicense, Braide silenciou e exonerou vários profissionais do setor responsável por licitações na administração municipal, em uma tentativa de se distanciar do fato.
Não é a primeira vez que Braide adota o mesmo expediente. Em fevereiro deste ano, servidores da Secretaria de Cultura (Secult) foram alvos de uma ação parecida: um contrato suspeito firmado com um instituto de educação da periferia de São Luís que, após ser exposto, resultou na exoneração de profissionais e até do então chefe da pasta, Marco Duailibe.