Bomba: MPMA Aciona Prefeito Calvet Filho e Filha de Ex-Deputado por Improbidade

Bomba: MPMA Aciona Prefeito Calvet Filho e Filha de Ex-Deputado por Improbidade

 

Nomea­da como coor­de­nado­ra mora em Per­nam­bu­co e gestor seria conivente

O Min­istério Públi­co do Maran­hão (MPMA) ingres­sou com uma Ação Civ­il Públi­ca (ACP) con­tra o prefeito de Rosário, José Nil­ton Pin­heiro Cal­vet Fil­ho, e Alany Lima Soares Cha­gas, fil­ha do ex-dep­uta­do estad­ual Adel­mo Soares. Segun­do a ACP, apre­sen­ta­da em 21 de jun­ho, ambos são acu­sa­dos de impro­bidade admin­is­tra­ti­va, cau­san­do dano ao erário e enriquec­i­men­to ilíc­i­to. A tit­u­lar da 1ª Pro­mo­to­ria de Justiça da comar­ca, Maria Cristi­na Loba­to Muril­lo, assi­na a ação que expõe a supos­ta conivên­cia do prefeito em nomear Alany para um car­go no qual ela não desem­pen­haria suas funções.

A denún­cia detal­ha que, em março de 2023, Alany foi nomea­da coor­de­nado­ra no gabi­nete do prefeito, ape­sar de ser estu­dante de Med­i­c­i­na em uma uni­ver­si­dade em Per­nam­bu­co, onde real­iza está­gio pres­en­cial. Para o Min­istério Públi­co, a nomeação de Alany foi pura­mente políti­ca. O prefeito Cal­vet Fil­ho teria per­mi­ti­do essa nomeação saben­do que ela não cumpriria suas obri­gações fun­cionais em Rosário. A ACP exige o afas­ta­men­to ime­di­a­to de Alany dos quadros da admin­is­tração munic­i­pal e impede Cal­vet Fil­ho de faz­er novas nomeações ile­gais.

Em jul­ho de 2023, Cal­vet Fil­ho con­cedeu tele­tra­bal­ho a Alany, que, ape­sar de ser for­mal­mente lota­da no gabi­nete do prefeito, não era con­heci­da no local de tra­bal­ho. Relatórios infor­mais de out­ros servi­dores indicam que ela dev­e­ria exercer funções na Sec­re­taria Munic­i­pal de Saúde (Semus), mas não havia con­t­role de pro­du­tivi­dade de sua parte. Segun­do a secretária da Semus, Déb­o­ra Cal­vet, havia uma coor­de­nado­ra tra­bal­han­do pres­en­cial­mente e a pre­sença de Alany nun­ca foi con­stata­da.

Fun­cionários do gabi­nete do prefeito descon­hecem Alany, nun­ca ten­do tido con­ta­to com ela. Além dis­so, os endereços forneci­dos por Alany nos con­tratos com a uni­ver­si­dade são de Per­nam­bu­co e de Cax­i­as. Em e‑mail, Alany afir­mou exercer o car­go de coor­de­nado­ra e jus­ti­fi­cou o tele­tra­bal­ho dev­i­do à gravidez, mas o exame apre­sen­ta­do não tin­ha data, sug­erindo pos­sív­el fraude para legit­i­mar o proces­so de tele­tra­bal­ho após ques­tion­a­men­tos do MPMA.

O MPMA sus­ten­ta que a nomeação de Alany foi um ato de favorec­i­men­to políti­co por parte de Cal­vet Fil­ho. A pro­mo­to­ra Maria Cristi­na Muril­lo desta­ca que a nomeação não seguiu os princí­pios da Admin­is­tração Públi­ca, car­ac­ter­i­zan­do enriquec­i­men­to ilíc­i­to e pre­juí­zo ao erário. Além des­ta ACP, Cal­vet Fil­ho enfrenta out­ra ação por impro­bidade admin­is­tra­ti­va des­de maio de 2024, rela­ciona­da a práti­cas de “rachad­in­ha”. O MPMA pede sev­eras penal­i­dades para ambos, incluin­do a per­da de função públi­ca, sus­pen­são dos dire­itos políti­cos e mul­ta no val­or do dano cau­sa­do.

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