Em uma manobra controversa, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, nomeou nesta quinta-feira, 12, seu irmão Marcus Brandão como Secretário de Estado Extraordinário de Assuntos Legislativos. A decisão ocorre apenas dois dias após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o afastamento de Marcus do cargo de Diretor de Relações Institucionais da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA), sob suspeitas de nepotismo cruzado. A medida também foi alvo de uma Reclamação Constitucional apresentada pelo partido Solidariedade, que denunciou irregularidades em nomeações de familiares de autoridades públicas.
A nomeação foi interpretada como um gesto de desafio ao STF, especialmente por vir em meio a especulações sobre conflitos políticos entre Brandão e o ex-governador e atual ministro da Justiça, Flávio Dino. Para críticos, a atitude de Brandão reforça práticas de nepotismo no estado e demonstra uma postura de desrespeito às decisões do Judiciário. A rapidez da realocação de Marcus em um cargo estratégico do governo também alimenta acusações de que a família Brandão busca consolidar sua influência no poder público, ignorando repercussões éticas e legais.
Aliados do governador defendem a escolha, argumentando que Marcus tem experiência técnica para a função e que a decisão do STF foi desproporcional. No entanto, a opinião pública segue dividida, alguns achando que o governador faz um tipo de “Governo Familiar”, se tornando a “república dos Brandões”.
A realocação de Marcus em uma secretaria , não fere a Súmula Vinculante 13 do STF, por tanto é legal aos olhos da justiça.