A Operação Rolezinho, que na manhã desta terça-feira (22) apreendeu 50 motocicletas no bairro da Cohama, em São Luís, reacendeu um debate polêmico nas ruas e nas redes sociais: estaria a Prefeitura utilizando a fiscalização como pretexto para arrecadação por meio de multas? A ação, que visa coibir poluição sonora e irregularidades veiculares, tem levantado críticas por parte de moradores, que acusam os agentes de exagero e abordagens truculentas.
Com apoio do Ministério Público, SMTT, BPRV, Polícia Civil e Icrim, a operação já passou por diversos bairros da capital, somando 186 veículos apreendidos somente em 2025. Embora as autoridades afirmem que o objetivo seja garantir a ordem pública, a população começa a questionar a real efetividade das medidas, alegando falta de diálogo, falta de transparência nos critérios das apreensões e um suposto foco excessivo em motociclistas de periferia.
O promotor Cláudio Guimarães defende a operação como necessária para o controle do caos urbano. No entanto, para muitos trabalhadores que dependem da moto para o sustento, a ação soa mais como repressão do que como solução. A pergunta que não quer calar: onde termina a fiscalização legítima e começa a indústria da multa?