Prefeito de Turilândia na mira do GAECO: Operação Tântalo II escancara suposto esquema milionário de corrupção no Maranhão

A man­hã des­ta segun­da-feira (22) foi de ten­são em Turilân­dia e em out­ras cidades do Maran­hão. O Grupo de Atu­ação Espe­cial de Com­bate ao Crime Orga­ni­za­do do Min­istério Públi­co defla­grou a Oper­ação Tân­ta­lo II, cumprindo 51 man­da­dos de bus­ca e apreen­são e 21 man­da­dos de prisão. No cen­tro da inves­ti­gação está a gestão do então prefeito José Paulo Dan­tas Fil­ho, o Paulo Curió, apon­ta­da como peça-chave de um esque­ma que teria drena­do mil­hões dos cofres públi­cos.

A ofen­si­va é um des­do­bra­men­to dire­to da Oper­ação Tân­ta­lo, real­iza­da em fevereiro, e teve ordens expe­di­das pela 3ª Câmara Crim­i­nal do Tri­bunal de Justiça do Maran­hão, por decisão da desem­bar­gado­ra Maria da Graça Peres Soares Amor­im. Segun­do o GAECO, os indí­cios são graves e envolvem crimes como orga­ni­za­ção crim­i­nosa, fraude em lic­i­tação, cor­rupção ati­va e pas­si­va, pec­u­la­to e lavagem de cap­i­tais, todos suposta­mente prat­i­ca­dos durante a admin­is­tração munic­i­pal.

As inves­ti­gações alcançam uma ver­dadeira teia de empre­sas e pes­soas físi­cas, incluin­do Pos­to Turi, SP Fre­itas Júnior LTDA, Lumin­er e Serviços LTDA, MR Cos­ta LTDA, AB Fer­reira LTDA, Cli­mat­e­ch Refrig­er­ação e Serviços Ltda, JEC Empreendi­men­tos, Poten­cial Empreendi­men­tos e Cia Ltda, WJ Bar­ros Con­sul­to­ria Con­tá­bil e Agro­mais Pecuária e Pis­ci­cul­tura LTDA, além de servi­dores públi­cos e agentes políti­cos. O Judi­ciário tam­bém autor­i­zou o blo­queio de R$ 9.445.213,17 nas con­tas dos inves­ti­ga­dos, val­or que inte­gra um pre­juí­zo total esti­ma­do em impres­sio­n­antes R$ 56,3 mil­hões ao erário.

Bati­za­da de Tân­ta­lo, em alusão ao per­son­agem da mitolo­gia gre­ga con­de­na­do a nun­ca saciar a fome e a sede, a oper­ação sim­boliza, segun­do o Min­istério Públi­co, a frus­tração da pop­u­lação diante de recur­sos públi­cos que dev­e­ri­am ger­ar bene­fí­cios reais, mas que teri­am sido desvi­a­dos por um esque­ma estru­tu­ra­do. Ago­ra, doc­u­men­tos e equipa­men­tos apreen­di­dos pas­sam pelo cri­vo téc­ni­co do GAECO e do Lab­o­ratório de Tec­nolo­gia Con­tra a Lavagem de Din­heiro, enquan­to cresce a expec­ta­ti­va por denún­cias for­mais que podem trans­for­mar o escân­da­lo em um dos mais emblemáti­cos casos de cor­rupção munic­i­pal no Maran­hão.