No próximo dia 13, os caminhos de dois ex-juízes federais eleitos para o Senado em 2022, Flávio Dino e Sergio Moro, se cruzarão novamente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Dino, indicado ao Supremo Tribunal Federal por Lula, trilha a rota natural que ministros da Justiça têm percorrido rumo à mais alta corte do país.
Desde a redemocratização, cinco ministros da Justiça, incluindo Nelson Jobim e os atuais Alexandre de Moraes e André Mendonça, seguiram esse caminho. Moro, que também almejava essa trajetória, viu sua rota desviada pelas divergências com Bolsonaro e pela descoberta de seu coluio com Deltan Dallagnol, manchando sua imparcialidade judicial.
Flávio Dino optou por uma transição mais natural de magistrado a político, mantendo uma conduta íntegra em ambas as esferas, Moro enfrentou obstáculos e uma sede precipitada pelo poder. A diferença entre suas trajetórias reflete-se na falta que cada um deixará na política, a diferença de abordagem entre os dois destaca-se, deixando uma lacuna imensurável na política com a possível saída de Dino, enquanto uma eventual retirada de Moro não seria sentida nem de longe da mesma forma.
Dino, confiante apesar dos ataques, busca aprovação no Senado, contando com o apoio de 41 dos 81 senadores em votação secreta.
O encontro desses destinos promete um capítulo significativo na história política brasileira.