Durante a campanha eleitoral que o levou ao Palácio de La Ravardière, o prefeito Eduardo Braide (PSD) lançou mão de uma série de promessas. Muitas delas, no entanto, não chegaram a ver a luz do dia.
Uma delas foi a proposta de “revitalizar” o Centro Histórico da capital maranhense. A deterioração do espaço considerado Patrimônio Cultural da Humanidade se acentuou nos últimos quatro anos.
“Numa cidade cheia de belezas como a nossa, o turismo pode trazer mais do que turistas. Pode trazer empregos e desenvolvimento”, afirmava Braide em uma das inserções eleitorais da campanha de 2020.
“Por isso, é preciso revitalizar o nosso Centro Histórico. E vamos fazer isso”, complementou a então candidata à vice-prefeita, Esmênia Miranda (PSD).
Na gestão Braide, a subprefeitura do Centro Histórico foi extinta. Maurício Itapary, atual subprefeito do Centro — que agora abrange toda a região central de São Luís — acumula as funções da secretaria de Cultura (Secult) de São Luís, sem titular desde a conturbada saída do produtor Marco Duailibe.
Sem foco, a área tombada pela Unesco em 1997 vai se esfarelando a olhos vistos. A falta de iluminação pública potencializa a violência e extingue a possibilidade de vida noturna no espaço, enquanto o lixo toma conta de ruas, becos e escadarias.
Nem mesmo a Feirinha São Luís foi poupada do descaso. Se um dia fora um projeto exitoso de ocupação dos espaços urbanos, a atração semanal já não atrai mais o público como antes.
Enquanto isso, a população aguarda a repetição do “festival de promessas” para os próximos meses e uma solução que parece cada dia mais distante.