Pelo site Metrópoles — O Tribunal de Contas da União (TCU) instaurou um processo para investigar o repasse de R$ 13,2 milhões em recursos do Fundef pelo governo do Maranhão à Vigas Engenharia, empresa com indícios de ligação com a família do governador Carlos Brandão (PSB). A denúncia aponta desvio de finalidade no uso de verbas destinadas à educação, uma vez que os recursos teriam sido usados em obras contratadas com a empreiteira.
A apuração teve início após solicitação do subprocurador-geral Lucas Furtado, representante do Ministério Público junto ao TCU, que também pediu a suspensão cautelar de repasses do Fundef ao Maranhão por parte do Ministério da Educação. Para Furtado, o caso configura um “flagrante descumprimento” dos princípios legais e um “descaso com a educação”, além de levantar suspeitas de favorecimento pessoal com dinheiro público.
Documentos e registros públicos mostram uma série de conexões entre a Vigas Engenharia e pessoas próximas ao governador. Entre os vínculos apontados estão o uso de e‑mails, telefones e endereços ligados a empresas da família Brandão, além da atuação de parentes e ex-cunhados como representantes ou procuradores da empreiteira. Em uma das evidências, o irmão do governador, Marcus Brandão, aparece assinando documento de atestado técnico em favor da Vigas.
Em nota, o governo do Maranhão negou qualquer vínculo entre a empresa e a família Brandão. A gestão estadual afirmou que a contratação da Vigas seguiu todos os trâmites legais e que a aplicação dos recursos está respaldada por decisão do STF, que permite uso de até 40% dos juros do Fundef em infraestrutura. Além disso, o governo alegou que as informações divulgadas são baseadas em documentos adulterados, fruto de uma suposta invasão ao sistema da Secretaria de Infraestrutura.
O relator do processo no TCU é o ministro Augusto Nardes, e ainda não há prazo para conclusão da análise. O subprocurador Lucas Furtado também solicitou que os autos sejam enviados ao Ministério Público Federal, para eventual responsabilização cível ou criminal, caso sejam confirmadas irregularidades no uso dos recursos públicos destinados à educação no Maranhão , veja a reportagem completa no site metrópoles nesse LINK.