As últimas semanas têm sido difíceis para os usuários do transporte público em São Luís. Além dos problemas de sempre, como a demora e superlotação em horários de pico, os passageiros agora enfrentam também as constantes instabilidades no sistema de recarga da bilhetagem eletrônica.
O problema parecia ter sido solucionado na gestão passada. Implantado em 2019 para São Luís, o aplicativo RecargaPay é utilizado para a recarga dos cartões diretamente pelo celular, sem que o usuário precise enfrentar filas nos terminais. No entanto, ela ficou indisponível para o sistema antigo no app, sem que o novo fosse atendido pela funcionalidade. O resultado são longas filas nos pontos de recarga e muita insatisfação, gerando críticas diretas ao prefeito Eduardo Braide (PSD).
Nesta semana, por exemplo, o posto do Terminal da Cohama não estava realizando recargas presenciais no sistema antigo, enquanto a máquina que emite o novo passe estava fora de funcionamento. As informações eram repassadas pelos funcionários do local, impotentes diante da inoperância dos gestores e a insatisfação dos passageiros. Já no São Cristóvão, além da alta demanda, a falta de organização também irritava quem precisava do serviço. No horário de pico do fim da tarde, apenas dois guichês atendiam a população, um para o cartão novo e outro para o antigo. No entanto, a ausência completa de sinalização fazia a população, por muitas vezes, enfrentar a fila errada.
Em implementação há mais de um ano, a bilhetagem eletrônica passa por uma mudança no sistema, resultando na utilização simultânea dos cartões antigos e novos, com os dois validadores em operação dentro dos coletivos.
Quem não pode esperar nas longas filas está tirando dinheiro do bolso para pagar a tarifa, sobrecarregando os motoristas que precisam passar troco enquanto dirigem em boa parte das linhas na cidade, já que a atual Prefeitura de São Luís praticamente extinguiu a função dos cobradores.