Após 17 horas de julgamento, o 2º Tribunal do Júri de São Luís condenou Manoel Mariano de Sousa Filho, conhecido como “Júnior do Nenzin”, a 16 anos de prisão pela morte do próprio pai, Manoel Mariano de Sousa, ex-prefeito de Barra do Corda. O crime, ocorrido em dezembro de 2017, chocou o Maranhão pela brutalidade e pelo fato de envolver uma relação familiar. O réu foi considerado coautor do homicídio triplamente qualificado e, após a sentença, foi conduzido imediatamente à Penitenciária de Pedrinhas.
De acordo com o Ministério Público, o crime teria sido motivado por questões financeiras, já que Júnior do Nenzin estaria endividado e envolvido no furto de gado das propriedades do pai. Na manhã do dia 6 de dezembro de 2017, ele teria levado o ex-prefeito até uma área isolada, sob o pretexto de tratar de assuntos relacionados a um processo eleitoral, e, no local, executou a vítima com um disparo à queima-roupa na região do pescoço. O vaqueiro Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes também é apontado como coautor e será julgado em julho.
Durante o julgamento, foram ouvidas sete testemunhas, incluindo policiais e o delegado responsável pela investigação. Júnior do Nenzin negou o crime, mas o Conselho de Sentença acatou a tese da acusação, representada pelos promotores Washington Cantanhede e Raimundo Benedito Barros, além do advogado Misael Mendes Júnior. O juiz Clésio Coelho Cunha, que presidiu a sessão, negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, destacando na sentença que o assassinato foi premeditado, ocorrido em local deserto e utilizando-se da confiança existente entre pai e filho.