STF suspende R$ 4,2 bilhões em emendas e Flávio Dino pede investigação da PF

STF suspende R$ 4,2 bilhões em emendas e Flávio Dino pede investigação da PF

 

O min­istro Flávio Dino, do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF), deter­mi­nou a sus­pen­são do paga­men­to de R$ 4,2 bil­hões em emen­das par­la­mentares que estavam pre­vis­tas para lib­er­ação ain­da este ano. A medi­da foi acom­pan­ha­da de uma ordem para que a Polí­cia Fed­er­al (PF) inves­tigue a aprovação das emen­das pela Câmara dos Dep­uta­dos sem o dev­i­do trâmite pelas comis­sões per­ma­nentes. Segun­do Dino, a fal­ta de transparên­cia e o des­cumpri­men­to das nor­mas con­sti­tu­cionais jus­ti­fi­cam a inter­venção.

Dino tam­bém esta­b­ele­ceu que val­ores pre­vis­tos para 2025 só poderão ser lib­er­a­dos caso sejam cumpri­das as exigên­cias de transparên­cia já impostas pelo STF, incluin­do o reg­istro detal­ha­do das infor­mações por parte dos par­la­mentares e do gov­er­no. Além dis­so, o min­istro agen­dou audiên­cias para fevereiro e março de 2025 com o obje­ti­vo de dis­cu­tir as regras de exe­cução das emen­das. As datas foram escol­hi­das após o tér­mi­no das eleições para as mesas dire­toras da Câmara e do Sena­do, que ren­o­vam as lid­er­anças das Casas.

A decisão foi toma­da no âmbito da Ação Dire­ta de Incon­sti­tu­cional­i­dade (ADI) 7.697 e da Arguição de Des­cumpri­men­to de Pre­ceito Fun­da­men­tal (ADPF) 854, movi­das pelo Par­tido Social­is­mo e Liber­dade (PSol). O par­tido denun­ciou ao Supre­mo a ten­ta­ti­va da Câmara de aprovar 5.449 emen­das, total­izan­do R$ 4,2 bil­hões, sem aprovação for­mal nas comis­sões. Para o PSol, essas emen­das foram incluí­das de for­ma irreg­u­lar e com­pro­m­e­tem a inte­gri­dade do proces­so leg­isla­ti­vo e orça­men­tário.

Flávio Dino clas­si­fi­cou o caso como uma “degradação insti­tu­cional” e aler­tou para os impactos do uso irreg­u­lar de recur­sos públi­cos. “Não é com­patív­el com a ordem con­sti­tu­cional, notada­mente com os princí­pios da Admin­is­tração Públi­ca e das Finanças Públi­cas, a con­tinuidade de desvios de ver­bas, obras malfeitas e out­ras práti­cas que com­pro­m­e­tem a gestão públi­ca. Essa situ­ação exige a firme atu­ação do STF para restau­rar a legal­i­dade e a transparên­cia”, afir­mou o min­istro em sua decisão.

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