A podridão que se esconde nos bastidores da Rodoviária de São Luís está finalmente vindo à tona. No centro do escândalo está a SINART, empresa baiana que se agarra à concessão do terminal como um parasita se agarra ao hospedeiro. O que antes era sussurrado nos corredores de agência estatal agora explode em denúncias: o gerente local da empresa estaria comandando um suposto esquema vergonhoso de venda de espaços públicos, recebendo supostos valores diretamente em sua conta pessoal via PIX e até em dinheiro vivo, escondido dos olhos do Estado e da lei.
Os permissionários, tratados como reféns, são obrigados a pagar para manter seus pontos, sem contratos, sem recibos, sem qualquer amparo jurídico. Enquanto isso, o gerente – que já teria supostamente lucrado milhares de reais – e sua esposa preparam discretamente uma supostaa fuga de São Luís. Coincidência? Não. É o comportamento típico de quem sabe que a casa está prestes a cair. A movimentação do casal só reforça o que já está claro: trata-se de um suposto esquema criminoso em pleno funcionamento, com aval do silêncio da SINART.
O mais revoltante é a passividade das autoridades. Onde está o Ministério Público? Onde está a Justiça? Quantos supostos milhões precisam escorrer pelo ralo da rodoviária para que o Governo do Maranhão acorde? Se a SINART tem algo a dizer, que fale agora. Mas os fatos falam por si: essa empresa não administra um terminal – ela saqueia um bem público. E se não houver reação imediata, será cúmplice de um dos maiores crimes administrativos da história recente do Maranhão.