A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA), Iracema Vale, virou alvo de uma ação popular movida na Justiça que pede a anulação de um contrato de mais de R$ 12 milhões firmado pelo Legislativo com a empresa ADDPress Comunicação Social Ltda. A ação, de autoria do advogado Gabriel Gandolphi de Almeida, tramita na 7ª Vara da Fazenda Pública de São Luís sob o número 0885967–50.2025.8.10.0001.
Segundo o processo, o objeto do contrato seria a prestação de serviços de mídias digitais, consultoria em pesquisa de opinião pública, redes sociais e conteúdo digital. O problema, de acordo com a petição inicial, é que a licitação foi feita de forma ilegal, utilizando a modalidade pregão eletrônico, o que é proibido para serviços de comunicação institucional e publicidade. O autor alega que a Lei nº 12.232/2010 determina que esse tipo de serviço só pode ser contratado pelos critérios de melhor técnica ou técnica e preço, e não pelo menor preço global, como fez a ALEMA, veja um dos contratos :
A ação afirma ainda que a contratação, realizada por meio do Pregão Eletrônico nº 006/2024, resultou no Contrato nº 32/2025, assinado com a ADDPress, empresa que teria sido beneficiada pela escolha irregular da modalidade de licitação. O autor sustenta que houve dano ao erário e pede que todos os contratos e aditivos decorrentes do pregão sejam declarados nulos.
Além da Assembleia Legislativa e do Estado do Maranhão, também são réus no processo a própria Iracema Vale, a contadora Anny Grazielly Lima Ramos e a presidente da Comissão de Licitação da Casa, Wanessa Maria Santos Viana. Todas são acusadas de ratificar os atos administrativos que levaram à assinatura do contrato questionado judicialmente.
O advogado Gabriel Gandolphi argumenta que o caso representa uma clara violação ao princípio da legalidade e pede a condenação dos responsáveis com base na teoria da causalidade, segundo a qual quem deu causa ao processo deve arcar com seus custos. A ação ainda pede que o Ministério Público seja intimado a acompanhar o caso, devido à gravidade das acusações.
Se a Justiça entender procedente o pedido, a presidente da ALEMA Iracema Vale poderá responder por ato lesivo ao patrimônio público, e o contrato milionário poderá ser anulado. O valor total envolvido, segundo a ação, ultrapassa R$ 12 milhões, o que torna o caso um dos mais polêmicos da atual gestão da Assembleia Legislativa, veja a ação AQUI