Polícia Civil prende três pessoas em Barra do Corda por grilagem de terras e duplo homicídio

Na últi­ma segun­da-feira (27), uma oper­ação con­jun­ta entre a Polí­cia Civ­il e a Polí­cia Mil­i­tar do Maran­hão resul­tou na prisão de três sus­peitos inves­ti­ga­dos por envolvi­men­to em gri­lagem de ter­ras, dup­lo homicí­dio e asso­ci­ação crim­i­nosa arma­da em Bar­ra do Cor­da, no Maran­hão. Durante a ação, foram cumpri­dos três man­da­dos de prisão tem­porária e três man­da­dos de bus­ca e apreen­são. Os crimes inves­ti­ga­dos incluem o assas­si­na­to de Rodri­go Alves Rabe­lo e Val­cider­lan Sousa, mor­tos a tiros no dia 9 de janeiro deste ano.

De acor­do com a Del­e­ga­cia Region­al de Bar­ra do Cor­da, as víti­mas foram exe­cu­tadas por dois crim­i­nosos em uma moto­ci­cle­ta, e as inves­ti­gações indicam que o moti­vo seria uma dis­pu­ta por ter­ras, pos­sivel­mente gri­ladas. Em dezem­bro de 2024, hou­ve uma tro­ca de ameaças entre uma das víti­mas e um dos sus­peitos pre­sos, o que reforça a hipótese de que o dup­lo homicí­dio está dire­ta­mente lig­a­do ao esque­ma de gri­lagem na região.

O del­e­ga­do Brito Júnior, respon­sáv­el pelo caso, afir­mou que a quadrilha é sus­pei­ta de gri­lar cer­ca de 20 mil hectares de ter­ras em cidades como Mirador, Fer­nan­do Fal­cão e Bar­ra do Cor­da, com pre­juí­zo esti­ma­do em até R$ 40 mil­hões. Segun­do as inves­ti­gações, o grupo crim­i­noso uti­liza­va méto­dos como fal­si­fi­cação de doc­u­men­tos, geor­ref­er­en­ci­a­men­to e cer­ti­fi­cações, além de ameaças a agricul­tores e pos­seiros, para vender as ter­ras de for­ma ilíci­ta a grandes fazen­deiros e investi­dores.

Bati­za­da de “Oper­ação Tel­lus”, a força-tare­fa con­tou com equipes do 2º Dis­tri­to Poli­cial de Bar­ra do Cor­da, além de gru­pos espe­cial­iza­dos da Polí­cia Mil­i­tar, como o GOE e a Força Táti­ca. O tra­bal­ho segue para iden­ti­ficar out­ros envolvi­dos e os pos­síveis man­dantes do dup­lo homicí­dio. A polí­cia bus­ca tam­bém dimen­sion­ar o alcance do esque­ma crim­i­noso e recu­per­ar as ter­ras nego­ci­adas ile­gal­mente.