Permissionários temem ser expulsos da Rodoviária de São Luís por empresa administradora

Permissionários temem ser expulsos da Rodoviária de São Luís por empresa administradora

 

A situ­ação dos per­mis­sionários que tra­bal­ham na Rodoviária de São Luís tem se tor­na­do cada vez mais insus­ten­táv­el. Empresários denun­ci­am que são obri­ga­dos a pagar altas taxas de con­domínio e out­ras cobranças, sem pos­si­bil­i­dade de con­tes­tação, sob risco de expul­são ime­di­a­ta. Muitos tra­bal­hadores afir­mam que vivem sob con­stante intim­i­dação por parte da empre­sa que admin­is­tra o ter­mi­nal e, temen­do retal­i­ações, pedi­ram anon­i­ma­to ao falar com a reportagem.

O impasse jurídi­co envol­ven­do a admin­is­tração do ter­mi­nal tam­bém con­tribui para o cli­ma de inse­gu­rança. Há seis anos, uma empre­sa maran­hense venceu a lic­i­tação para gerir a rodoviária, mas uma decisão lim­i­nar do Judi­ciário per­mi­tiu que a empre­sa baiana, ini­cial­mente desclas­si­fi­ca­da, con­tin­u­asse operan­do no local. Mes­mo com suces­si­vas vitórias judi­ci­ais da empre­sa maran­hense, a tran­sição nun­ca foi con­cretiza­da, lev­an­tan­do sus­peitas de favorec­i­men­to e manobras políti­cas nos basti­dores.

Além do imbróglio jurídi­co, denún­cias apon­tam para um supos­to esque­ma de cor­rupção den­tro do órgão estad­ual respon­sáv­el pela mobil­i­dade. Empresários, advo­ga­dos e per­mis­sionários relatam o paga­men­to de propinas a fis­cais e altos fun­cionários, a com­er­cial­iza­ção irreg­u­lar de lin­has de trans­porte e a con­cessão de bene­fí­cios a autori­dades, incluin­do via­gens, hospeda­gens e bens de luxo. Há ain­da sus­peitas de que espaços den­tro da rodoviária estari­am sendo ven­di­dos ile­gal­mente por val­ores exor­bi­tantes, sem qual­quer con­t­role ofi­cial.

Diante desse cenário, per­mis­sionários cobram uma inves­ti­gação rig­orosa das autori­dades e exigem transparên­cia na gestão da rodoviária. No entan­to, o silên­cio e a demo­ra na res­olução do caso reforçam a sen­sação de impunidade e a inse­gu­rança dos tra­bal­hadores, que temem perder seus negó­cios de uma hora para out­ra sem qual­quer respal­do legal.

Está insus­ten­táv­el a situ­ação da rodoviária, a situ­ação deve provo­car o Min­istério Públi­co a começar uma inves­ti­gação em sig­i­lo. Em out­ras posta­gens traremos mais sobre esse assun­to.

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