O Patrimônio Memorial do Maranhão pede socorro !!

O Patrimônio Memorial do Maranhão pede socorro !!

 

A dete­ri­o­ração do sobra­do históri­co que abri­ga o Arqui­vo Públi­co do Esta­do do Maran­hão (APEM) tem ger­a­do pre­ocu­pação entre his­to­ri­adores, pesquisadores e órgãos de preser­vação do patrimônio. Recen­te­mente, a impren­sa nacional desta­cou o esta­do críti­co do pré­dio, levan­do o Min­istério Públi­co Fed­er­al (MPF) a cobrar do Gov­er­no do Maran­hão providên­cias urgentes para sua recu­per­ação. Essa ação reit­era um pedi­do feito em 2023, que até o momen­to não teve solução defin­i­ti­va, evi­den­cian­do dois anos de neg­ligên­cia com a con­ser­vação desse patrimônio ines­timáv­el.

Diante da situ­ação alar­mante, a Defe­sa Civ­il e o Cor­po de Bombeiros inter­di­taram o sobra­do para manutenção, mas a medi­da exige a remoção ime­di­a­ta de doc­u­men­tos históri­cos para um local pro­visório. O acer­vo do APEM inclui reg­istros da Arquid­io­cese do Maran­hão, proces­sos judi­ci­ais, mapas, inven­tários, doc­u­men­tos insti­tu­cionais, par­ti­turas e dis­cos de vinil, muitos deles data­dos do sécu­lo XVII. Por sua frag­ili­dade, esse mate­r­i­al pre­cisa ser armazena­do em condições ade­quadas para evi­tar danos irre­ver­síveis.

No entan­to, infor­mações apon­tam que o des­ti­no pro­visório desse acer­vo será um con­têin­er per­ten­cente ao Insti­tu­to Estad­ual de Edu­cação, Ciên­cia e Tec­nolo­gia do Maran­hão (IEMA), cuja estru­tu­ra metáli­ca e exposição a vari­ações climáti­cas podem com­pro­m­e­ter a inte­gri­dade dos doc­u­men­tos. Espe­cial­is­tas aler­tam que essa escol­ha inad­e­qua­da pode acel­er­ar o proces­so de dete­ri­o­ração, tor­nan­do ain­da mais grave a crise do patrimônio memo­r­i­al maran­hense. É fun­da­men­tal que o gov­er­no estad­ual prov­i­den­cie um local ade­qua­do para garan­tir a segu­rança desse acer­vo durante a refor­ma do sobra­do.

A pre­ocu­pação com a preser­vação do APEM não se limi­ta à comu­nidade acadêmi­ca, mas envolve toda a sociedade maran­hense. O acer­vo res­guar­da parte sig­ni­fica­ti­va da história do esta­do e do país, sendo uma fonte essen­cial para pesquisadores e estu­diosos. Em um vídeo divul­ga­do recen­te­mente, o pro­fes­sor, vio­lonista e musicól­o­go Joaquim San­tos Neto reforça a importân­cia do arqui­vo para a músi­ca e cul­tura do Maran­hão, desta­can­do a neces­si­dade urgente de medi­das respon­sáveis para sua con­ser­vação.
Veja o vídeo do pro­fes­sor, vio­lonista, regente e musicól­o­go Joaquim San­tos Neto abor­dan­do a relevân­cia do acer­vo do APEM para a músi­ca maran­hense:

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