Ao invés de representar um alívio, o “atestado de idoneidade” concedido pelo Ministério Público do Maranhão ao “Instituto Juju e Cacaia – Tu És Uma Benção”, recomendando nesta quinta-feira (8) a revalidação do contrato milionário anulado para organização do Carnaval da Prefeitura de São Luís, coloca mais dúvidas sobre a administração de Eduardo Braide (PSD).
Ora, se o instituto localizado na Cidade Olímpica possui tão reconhecida idoneidade, como diz a recomendação do MP, por que a Controladoria-Geral do Município recomendou o cancelamento do contrato? Aliás, onde está o parecer da CGM apenas citado mas, até agora, não publicizado?
Se o “Juju e Cacaia” é idôneo e possui credenciais suficientes para promover as apresentações megalomaníacas da Cidade do Carnaval, por que, então, o secretário Marco Duailibe e três de seus então assessores foram exonerados?
Teria toda a celeuma sido causada propositadamente para repassar os R$ 6.996.731,60 a uma outra instituição tão obscura quanto e, a partir daí, perpetrar-se o desvio de recursos públicos para finalidades pouco republicanas, com risco de prejuízos iminentes ao erário (conforme apontado pelo próprio MP)?
E a questão principal: afinal, quem está pagando o Carnaval de Braide?
Perguntas que o prefeito terá de responder quando for localizado novamente, já que submergiu desde que a greve dos rodoviários – até agora sem solução – foi deflagrada.