Em 9 de dezembro, uma decisão do ministro Alexandre de Moraes trouxe à tona um escândalo político no Maranhão. O ministro suspendeu a nomeação de Marcus Barbosa Brandão, irmão do governador Carlos Brandão, para o cargo de diretor de Relações Institucionais da Assembleia Legislativa do Estado, por suspeita de nepotismo cruzado. No entanto, apenas três dias depois, Marcus foi novamente indicado pelo governador, desta vez como secretário de Estado Extraordinário de Assuntos Legislativos, em uma tentativa de mantê-lo em um posto estratégico no governo.
A nova manobra, publicada no Diário Oficial do Estado, não escapou do radar do STF. Em decisão na noite de 13 de dezembro, Moraes suspendeu novamente a nomeação, argumentando que a criação do cargo apresentava um desvio de finalidade. Segundo o ministro, a função atribuída a Marcus tinha claras semelhanças com as atribuições já exercidas pela Secretaria de Estado de Articulação Política, o que configurava uma continuidade da prática de nepotismo. Moraes ainda alertou que a repetição desse tipo de ação pode levar a um processo por improbidade administrativa.
O episódio já entrou para os anais da política maranhense, rendendo a Marcus o apelido de “O Breve”. Sua passagem pelo governo estadual, que não chegou a completar 24 horas, evidenciou a disputa de poder nos bastidores do Palácio dos Leões. Para muitos, Marcus exerce mais influência no governo do que o próprio governador, seu irmão, em um cenário que mistura laços familiares com estratégias de controle político e outros assuntos …