O escândalo do carro encontrado com R$ 1 milhão no porta-malas nesta semana repercutiu nacionalmente. Alguns dos maiores veículos de comunicação do país, como Band, Record e Metrópoles, além de colunistas como Léo Dias, noticiaram a quantia localizada dentro do veículo, que seria alegadamente de um agora ex-servidor da Prefeitura de São Luís.
Carlos Augusto Diniz da Costa se apresentou aos policiais como dono do carro, mas se limitou a dizer que teria emprestado o veículo para um terceiro, cuja identidade ele não revelou. Carlos também silenciou sobre os outros questionamentos feitos tanto no local do achado, quanto na delegacia no dia seguinte, quando esteve no local acompanhado de um advogado.
Depois da proporção que o caso tomou, o prefeito Eduardo Braide tomou a ação de praxe em casos como estes e exonerou o servidor da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit) de São Luís.
Apesar de estar lotado como analista técnico desde o primeiro dia da gestão Braide, ele atuava como motorista de Diego Rodrigues, então titular da pasta em questão. Mesmo com as sucessivas mudanças de Rodrigues para outras secretarias, Carlos Augusto permaneceu na função de chofer de um dos homens de confiança do prefeito.
Além de trabalhar para a administração municipal, Carlos Augusto também foi adesivador das campanhas de Eduardo em 2016 e 2020, além de atuar como braço direito do irmão de Braide, Antônio. A proximidade com a família teria o levado ao cargo público.
Esse tipo de afastamento, após os holofotes se sobreporem a mais um escândalo, já foi visto em outras ocasiões, como nas suspeitas de irregularidades em contratos firmados pela prefeitura de São Luís. Também, como de costume, o prefeito silenciou.