Pesquisa nacional joga água fria no marketing e rebaixa Brandão ao fim do ranking
A realidade voltou a bater à porta do Palácio dos Leões e sem aviso prévio. Uma pesquisa nacional que ouviu 200.980 pessoas entre os dias 6 de outubro e 5 de dezembro revela que o governador do Maranhão amarga um desempenho constrangedor no cenário nacional. Com apenas 33% de aprovação e 51% de rejeição, Brandão aparece tecnicamente empatado entre os últimos colocados, alcançando no máximo a 22ª posição entre os governadores do país.
O dado desmonta, sem cerimônia, a narrativa apresentada recentemente ao presidente Lula, quando Brandão teria exibido uma pesquisa interna apontando fantasiosos 68% de aceitação popular. Fora do Maranhão oficial e longe das planilhas do marketing governamental, a percepção da população é bem diferente e muito menos entusiasmada do que a versão levada a Brasília.
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Enquanto governadores como Ronaldo Caiado em Goiás, Rafael Fonteles no Piauí e Helder Barbalho no Pará acumulam índices de aprovação superiores a 60% e figuram entre os mais bem avaliados do Brasil, o Maranhão segue fora do grupo dos 20 melhores. Nem o investimento pesado em publicidade institucional foi suficiente para alterar o humor do eleitor, que parece não comprar o discurso otimista do governo estadual.
O levantamento do instituto Atlas RDR tem nível de confiança de 95% e margem de erro entre um e quatro pontos percentuais, de acordo com o tamanho do estado. E há um detalhe revelador: a pesquisa não foi encomendada por nenhum grupo político maranhense. Sem interferência local, sem controle narrativo e sem retoques, os números escancaram o que o governo evita admitir a popularidade real de Brandão está bem abaixo da propaganda oficial.
