Deputado Júnior Lourenço emprega a sogra e pode responder por improbidade administrativa

Deputado Júnior Lourenço emprega a sogra e pode responder por improbidade administrativa

O dep­uta­do fed­er­al Júnior Lourenço (PL-MA) empre­ga a própria sogra em seu gabi­nete na Câmara dos Dep­uta­dos, práti­ca que con­figu­ra nepo­tismo e pode resul­tar em proces­so por impro­bidade admin­is­tra­ti­va. Maria Jack­e­line Jesus Gonçalves Tro­vão, de 61 anos, foi nomea­da secretária par­la­men­tar em 2022 e segue até hoje na fol­ha de paga­men­to do Con­gres­so.

Ini­cial­mente, Maria Jack­e­line rece­bia R$ 1.328,41, mais auxílios. Em dezem­bro de 2023, foi pro­movi­da e pas­sou a gan­har R$ 1.764,93, o que, soma­do aos bene­fí­cios, ultra­pas­sa R$ 3,2 mil por mês. Des­de a nomeação, a Câmara já desem­bol­sou R$ 120 mil para pagar a sogra do par­la­men­tar.

A sogra é mãe de Car­oli­na Tro­vão Bon­fim, esposa de Júnior Lourenço. Ques­tion­a­do pela impren­sa, o dep­uta­do con­fir­mou sem con­strang­i­men­to que empre­ga a par­ente no gabi­nete, ale­gan­do que “ela tra­bal­ha comi­go no Maran­hão”. Ao ser inda­ga­do sobre as funções exer­ci­das por Maria Jack­e­line, lim­i­tou-se a diz­er que “ela é secretária”, sem detal­har atribuições.

A Con­sti­tu­ição Fed­er­al e uma súmu­la do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF) de 2008 proíbem a nomeação de par­entes até o ter­ceiro grau para car­gos comis­sion­a­dos. Maria Jack­e­line, por afinidade, é par­ente em primeiro grau. Caso seja respon­s­abi­liza­do, o dep­uta­do pode ter que ressar­cir os cofres públi­cos, pagar mul­ta e até mes­mo perder os dire­itos políti­cos.

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