O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de corrupção no uso de emendas parlamentares quando era deputado federal. A investigação aponta desvios de recursos públicos destinados à cidade de Vitorino Freire, no Maranhão, onde a irmã do ministro, Luanna Rezende, era prefeita à época. A denúncia acirra a crise política no governo e coloca a permanência de Juscelino em xeque.
Segundo a PGR, os recursos teriam sido direcionados de forma irregular, com favorecimento a empresas específicas e ausência de comprovação na execução dos serviços. O caso foi encaminhado ao ministro Flávio Dino, relator do processo no STF, que deve iniciar os trâmites legais e abrir prazo para que a defesa de Juscelino Filho se manifeste. Até o momento, os advogados do ministro afirmam que ele não foi notificado oficialmente e negam qualquer ato ilegal.
A denúncia causou desconforto no Palácio do Planalto, especialmente por envolver um aliado direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que Lula se reúna com Juscelino ainda nesta semana, após seu retorno de Honduras. Integrantes do governo avaliam que, mesmo antes do julgamento do mérito, o simples avanço da denúncia já abala a credibilidade do ministro e alimenta pressões internas por uma reavaliação de sua posição no ministério.
Agora é aguardar após reunião a decisão de Lula