No centro de uma polêmica envolvendo uma licitação feita pela prefeitura de São Luís, a Construmaster, do empresário Antônio Calisto, soltou uma segunda nota dando mais detalhes sobre como procedeu na concorrência que questionou.
A empresa afirma que, no dia 13 de fevereiro de 2023, a administração municipal iniciou o processo licitatório número 001/2023, do qual a empreiteira participou e teria oferecido o menor valor, estando, assim, apta a ser contratada. A concorrência estava dividida em dois lotes, sendo os valores de cada um estimados em R$ 105.414.876,49 (Lote 1) e R$ 104.482.014,58 (Lote 2).
“A Construmaster Infraestrutura LTDA foi a empresa que ofertou o menor valor no LOTE 1, gerando um deságio entre o valor de referência do edital e o valor ofertado na sua proposta de R$ 28.999.611,76”, diz a nota sobre a oferta de R$ 76.415.264,73 (27,51% de desconto sobre o valor de referência do edital) para a execução do serviço. Ainda assim, a concorrência teria sido revogada.
A nota prossegue afirmando que um novo certame foi iniciado, também dividido em dois lotes, com o mesmo objeto e com valores de referência do edital 250% maiores que o edital da concorrência número 001/2023. A empresa diz ainda que esta nova concorrência acrescentou qualificação técnica jamais vista em editais da prefeitura de São Luís, levando‑a a acreditar se tratar de mais um indicativo de direcionamento. A Construmaster afirmou que acionou o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O sócio, Antônio Calisto Vieira Neto, será ouvido na próxima sexta-feira (12), na CPI dos Contratos, onde responderá questionamentos dos vereadores. Ele ganhou notoriedade após afirmar na rede social X que o prefeito Eduardo Braide teria um esquema de extorsão em licitações junto com o secretário de Obras e Serviços Públicos, David Col Debella.