O governador Carlos Brandão iniciou uma ofensiva política nos bastidores para consolidar o nome de seu sobrinho como futuro candidato ao governo do Maranhão. Em uma série de reuniões com prefeitos e líderes municipais, Brandão busca fechar alianças estratégicas que garantam força política ao seu plano de sucessão. A movimentação, porém, tem gerado polêmica e acendido o debate sobre nepotismo na política estadual.
Enquanto publicamente defende a pacificação com o grupo dinista, do então parceiro político que o apoiou nas eleições passadas, as atitudes de Brandão parecem caminhar em direção oposta. A ideia de lançar um parente direto ao governo do Estado é vista por muitos como uma tentativa de perpetuação no poder, algo que nem mesmo a família Sarney, frequentemente acusada de oligarquia, ousou fazer de forma tão direta. Roseana Sarney, por exemplo, só chegou ao comando do Maranhão após uma trajetória política consolidada e muitos anos depois de seu pai, José Sarney, ter ocupado o governo estadual.
A polêmica se intensifica ainda mais pelo fato de que o sobrinho do governador já ocupa um cargo de destaque na administração estadual, atuando como secretário no governo de Brandão. Essa nomeação, que já gerava críticas por possível nepotismo, agora se torna ainda mais controversa diante da articulação para lançá-lo como candidato à sucessão. Para muitos, trata-se de uma tentativa clara de usar a máquina pública para impulsionar um projeto familiar, o que compromete os princípios de isonomia e impessoalidade na gestão estadual, veja o conceito de nepotismo; No Dic. Houaiss (2009) consta três acepções para
“nepotismo”:
1- “autoridade exercida pelos sobrinhos ou demais parentes do papa na administração eclesiástica”
2- “favoritismo para com parentes, esp. pelo poder público”
3- “preferência por; favoritismo, proteção”
Como já é bem conhecido, no senso comum, nepotismo é geralmente a ação de colocar ou de favorecer algum parente em cargo público.
O jornalista Marco D’Eça revelou em uma de suas reportagens que prefeitos e ex-prefeitos já declararam apoio ao sobrinho do governador, reforçando a tese de que Brandão trabalha nos bastidores para pavimentar essa candidatura. O uso da máquina pública para favorecer o projeto familiar tem sido alvo de críticas por parte da oposição e até mesmo de aliados, que enxergam o movimento como um erro estratégico que pode enfraquecer o grupo governista, veja a reportagem: https://www.marcoaureliodeca.com.br/2025/02/28/prefeitos-e-ex-prefeitos-ja-falam-publicamente-do-apoio-a-orleans-brandao/?amp=1