A importância de Pai Itaparandi para as religiões afrodescendentes e a cultura popular maranhense

A importância de Pai Itaparandi para as religiões afrodescendentes e a cultura popular maranhense

 

Hom­e­nagea­do por um dos maiores batal­hões de bum­ba meu boi do Maran­hão, o boi da Maio­ba, Pai Ita­paran­di se desta­ca como uma figu­ra essen­cial para a cul­tura pop­u­lar maran­hense. Seu papel como ex-par­la­men­tar e ex-secretário de cul­tura de Paço do Lumi­ar ressalta sua ded­i­cação em pro­mover e preser­var as tradições locais. Pai Ita­paran­di sem­pre foi um dos maiores incen­ti­vadores das man­i­fes­tações cul­tur­ais do Maran­hão, con­sol­i­dan­do seu lega­do como um defen­sor fer­voroso das raízes afrode­scen­dentes da região.

Momento do batizado boi da Maioba.
Momen­to do bati­za­do boi da Maio­ba.

Pai Ita­paran­di é descen­dente dire­to do cen­tenário Ter­reiro do Justi­no e começou sua tra­jetória no Tam­bor de Mina na casa de Mãe Mundi­ca, na vila Pas­sos. Após o falec­i­men­to de Mãe Mundi­ca, foi acol­hi­do por Pai Euclides, onde apro­fun­dou seus con­hec­i­men­tos na religião de matriz africana. Com empen­ho e sabedo­ria, tornou-se babalorixá e uma das fig­uras mais respeitadas do Tam­bor de Mina no Maran­hão, evi­den­cian­do seu papel cru­cial na preser­vação das práti­cas reli­giosas afro-brasileiras.

Um dos even­tos mais sig­ni­fica­tivos para Pai Ita­paran­di e sua comu­nidade é o Fes­te­jo de São Pedro. Este fes­te­jo reflete o sin­cretismo reli­gioso maran­hense, onde São Pedro, um san­to católi­co, é ven­er­a­do como o vodum Nagô Badé. No Tam­bor de Mina, as relações sin­cretis­tas difer­em do Can­domblé baiano, com cada divin­dade, Voduns, Orixás e Encan­ta­dos, pos­suin­do seu próprio san­to de devoção. Essa cel­e­bração anu­al é uma demon­stração da rica her­ança cul­tur­al e espir­i­tu­al da comu­nidade.

O arra­ial de São Pedro, que acon­te­cerá no próx­i­mo sába­do na casa de Pai Ita­paran­di, é um even­to de grande importân­cia reli­giosa e social. Con­tribuin­do cul­tur­al, econômi­ca e social­mente para a comu­nidade, este arra­ial já com­ple­ta 37 anos de tradição. A cel­e­bração é aguarda­da com grande expec­ta­ti­va pela comu­nidade de Paço do Lumi­ar, que se enche de ale­gria e esper­ança para man­ter viva essa tradição por muitos mais anos.

Pai José de Ita­paran­di é recon­heci­do como um dos maiores entu­si­as­tas da cul­tura pop­u­lar maran­hense, ten­do um envolvi­men­to sig­ni­fica­ti­vo com o boi da Maio­ba. Sua ded­i­cação em preser­var e pro­mover a cul­tura local é admiráv­el, fazen­do dele uma figu­ra chave na val­oriza­ção do fol­clore e das tradições do Maran­hão. Seu tra­bal­ho incan­sáv­el con­tin­ua a inspi­rar e for­t­ale­cer a iden­ti­dade cul­tur­al de sua comu­nidade e além.

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