A “Farra de Paris”: ação popular pede que Brandão devolva mais de R$ 1 milhão aos cofres do Maranhão

A “Farra de Paris”: ação popular pede que Brandão devolva mais de R$ 1 milhão aos cofres do Maranhão

 

Uma ação pop­u­lar pro­to­co­la­da na Vara de Inter­ess­es Difu­sos e Cole­tivos de São Luís escan­cara um dos episó­dios mais polêmi­cos do gov­er­no de Car­los Brandão (PSB). Dep­uta­dos estad­u­ais Rodri­go Lago, Car­los Lula e Oth­e­li­no Neto acionaram a Justiça para pedir que o gov­er­nador devol­va aos cofres do Maran­hão R$ 1.006.956,74, gas­tos em uma viagem ofi­cial à Europa que, segun­do a acusação, foi ape­nas um dis­farce para comem­o­rar seu aniver­sário em Paris.

De acor­do com os autores, Brandão uti­li­zou como jus­ti­fica­ti­va um con­vite téc­ni­co do Min­istério da Agri­cul­tura para a par­tic­i­pação de servi­dores da AGED em uma assem­bleia inter­na­cional. O gov­er­nador, no entan­to, alter­ou datas e ampliou a comi­ti­va de asses­sores e famil­iares, de for­ma que a viagem coin­cidisse com o dia do seu aniver­sário, 2 de jun­ho, em ple­na cap­i­tal france­sa. A petição clas­si­fi­ca o episó­dio como “Far­ra de Paris” e acusa o chefe do Exec­u­ti­vo de desvio de final­i­dade e des­perdí­cio de din­heiro públi­co.

O proces­so detal­ha os cus­tos da viagem: R$ 392 mil em diárias, R$ 228 mil em pas­sagens e R$ 385 mil com fre­ta­men­to de aeron­aves. Há ain­da a sus­pei­ta de aquisição de pas­sagens em dupli­ci­dade e tar­i­fas super­fat­u­radas, pos­sivel­mente em classe exec­u­ti­va ou primeira classe, o que elevou os gas­tos a pata­mares con­sid­er­a­dos “imorais e injus­ti­ficáveis” pelos par­la­mentares.

Out­ro pon­to que gera indig­nação é a ante­ci­pação da esta­dia. Brandão e parte de sua equipe embar­caram antes do iní­cio da agen­da ofi­cial, jus­ta­mente no perío­do que ante­cedeu o aniver­sário do gov­er­nador. Nas redes soci­ais, ele chegou a afir­mar que a viagem bus­ca­va inves­ti­men­tos para o esta­do e recon­hec­i­men­to inter­na­cional dos Lençóis Maran­hens­es, mas a petição sus­ten­ta que os com­pro­mis­sos ofi­ci­ais ocor­reram ape­nas entre os dias 3 e 6 de jun­ho.

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A reper­cussão neg­a­ti­va se ampliou quan­do Brandão pub­li­cou um vídeo em Paris degu­s­tan­do pican­ha do Mato Grosso, sug­erindo tratar-se de carne maran­hense. Após críti­cas de pecuar­is­tas locais, o próprio gov­er­nador admi­tiu em even­to em Imper­a­triz que havia “feito um com­er­cialz­in­ho fal­so”. O caso ger­ou mal-estar entre pro­du­tores rurais do Maran­hão, que se sen­ti­ram ali­ja­dos da pro­moção inter­na­cional.

Diante do cenário, os autores pedem que Brandão seja con­de­na­do a ressar­cir inte­gral­mente o erário estad­ual. Além dele, tam­bém foram aciona­dos a secretária Cassier­lem Araújo, respon­sáv­el pelas pas­sagens, out­ros gestores do gov­er­no e a agên­cia de tur­is­mo con­trata­da. A ação solici­ta ain­da o blo­queio ime­di­a­to de bens do gov­er­nador para garan­tir o ressarci­men­to em caso de con­de­nação. O proces­so ago­ra aguar­da decisão lim­i­nar da Justiça.

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