Candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio é assassinado em Quito
O candidato à Presidência do Equador, Fernando Villavicencio, do Movimento Construir, foi trágica e fatalmente assassinado durante a noite de quarta-feira em Quito, a capital do país. O ataque ocorreu logo após ele deixar um comício político realizado no Anderson College. Villavicencio foi baleado várias vezes, resultando em sua morte.
O Ministério do Interior e o presidente Guillermo Lasso, por meio de comunicados nas redes sociais, confirmaram o homicídio, expressando indignação e choque com o ocorrido. Lasso também expressou suas condolências à esposa e filhas de Villavicencio, assegurando que o crime não ficará impune.
Após a confirmação da morte, os principais candidatos à Presidência suspenderam suas atividades eleitorais como sinal de respeito e luto. Guillermo Lasso anunciou que o Gabinete de Segurança da Presidência da República convocaria uma reunião extraordinária, contando com a presença de várias figuras importantes, incluindo a presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, a Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar, e o Presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela.
Imagens do momento do ataque começaram a circular nas redes sociais pouco após o ocorrido, mostrando Villavicencio deixando o Anderson College e sendo alvejado enquanto se dirigia a um carro, acompanhado por sua comitiva e apoiadores. Os tiros causaram pânico e tumulto no local.
Villavicencio ocupava uma posição relevante nas pesquisas de opinião como um dos principais candidatos à Presidência do Equador. Nas avaliações de tendências eleitorais, ele variava entre a segunda e quinta colocação. No entanto, a precisão das pesquisas eleitorais do país é comparativamente deficiente em relação a outras nações sul-americanas, como Argentina, Uruguai e Brasil, que contam com institutos de pesquisa com índices de acerto mais elevados.
Em junho, o Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (Celag) indicou que Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto. Nessa pesquisa, ele ficava atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%), Otto Sonnenholzner, da aliança “Vamos Agir” (13%), e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).
Já em 20 de julho, a empresa de pesquisa Cedatos, aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio ocupava a segunda posição, com 13,2% das intenções de voto. Ele estava atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).
As eleições presidenciais estão programadas para ocorrer no próximo dia 20, e a morte trágica de Villavicencio lançou um clima de incerteza e comoção no cenário político do Equador, veja o vídeo: