STF suspende nomeações na Assembleia Legislativa do Maranhão por nepotismo cruzado

STF suspende nomeações na Assembleia Legislativa do Maranhão por nepotismo cruzado

 

O Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF) deter­mi­nou, nes­ta segun­da-feira (9), a sus­pen­são ime­di­a­ta de nomeações con­sid­er­adas como nepo­tismo cruza­do na Assem­bleia Leg­isla­ti­va do Maran­hão. A decisão, pro­feri­da pelo min­istro Alexan­dre de Moraes, atinge três dire­tores lig­a­dos ao gov­er­nador Car­los Brandão e foi moti­va­da por uma Recla­mação Con­sti­tu­cional apre­sen­ta­da pelo par­tido Sol­i­dariedade.

Entre os afas­ta­dos estão Mar­cus Bar­bosa Brandão, irmão do gov­er­nador, que exer­cia o car­go de dire­tor de Relações Insti­tu­cionais, Cami­la Cor­reia Lima de Mesqui­ta Moura, cun­ha­da do gov­er­nador, e Jacque­line Bar­ros Heluy, sogra de um sobrin­ho de Brandão. Segun­do a decisão, as nomeações con­fig­u­ram uma tro­ca de favores entre o Exec­u­ti­vo e o Leg­isla­ti­vo estad­ual, em desre­speito à Súmu­la Vin­cu­lante nº 13, que veda práti­cas de nepo­tismo na admin­is­tração públi­ca.

De acor­do com Moraes, o nepo­tismo cruza­do se car­ac­ter­i­za por ajustes entre autori­dades de difer­entes poderes, per­mitin­do a nomeação de par­entes de for­ma recíp­ro­ca. “Essa práti­ca com­pro­m­ete os princí­pios da moral­i­dade e da impes­soal­i­dade, pilares essen­ci­ais da gestão públi­ca”, afir­mou o min­istro na decisão. Além do afas­ta­men­to, foram sus­pen­sos os paga­men­tos de salários e bene­fí­cios aos dire­tores a par­tir da pub­li­cação da medi­da.

O min­istro tam­bém deter­mi­nou que dep­uta­dos estad­u­ais envolvi­dos no caso, como Dr. Yglé­sio e Oth­e­li­no Neto, prestem infor­mações sobre pos­síveis nomeações de par­entes em car­gos públi­cos no Exec­u­ti­vo e Leg­isla­ti­vo. O pra­zo para envio das respostas é de 48 horas, sob pena de respon­s­abi­liza­ção por des­cumpri­men­to de ordem judi­cial.

A decisão ain­da foi encam­in­ha­da à Procu­rado­ria-Ger­al da Repúbli­ca, que dev­erá mon­i­torar os próx­i­mos pas­sos do proces­so. Moraes desta­cou que a práti­ca de nepo­tismo, dire­ta ou cruza­da, con­figu­ra ato de impro­bidade admin­is­tra­ti­va, con­forme pre­vis­to na leg­is­lação brasileira, e pode ger­ar punições sev­eras aos respon­sáveis.

Até o fechamen­to des­ta matéria, nem o gov­er­nador Car­los Brandão nem rep­re­sen­tantes da Assem­bleia Leg­isla­ti­va se man­i­fes­taram sobre a decisão, veja a decisão do min­istro :

Decisão — Afas­ta­men­to Mar­cus Brandão

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