O caos tomou conta das ruas de São Luís nesta segunda-feira (17). Sem acordo entre rodoviários e empresários do transporte público, a cidade parou. O prefeito Eduardo Braide, no entanto, segue em silêncio, enquanto mais de 700 mil usuários enfrentam calçadas lotadas, caronas improvisadas e um transporte alternativo que não dá conta da demanda. A audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) na última sexta-feira (14) terminou sem avanços, e a paciência da população já se esgota.
Do outro lado, motoristas e cobradores alegam que não têm mais condições de continuar trabalhando sem reajuste salarial e melhorias mínimas. O Sindicato das Empresas de Transporte (SET), por sua vez, joga a culpa na Prefeitura, afirmando que sem um subsídio municipal, não há dinheiro para pagar o que os trabalhadores exigem. No meio desse cabo de guerra, quem perde é o passageiro, que paga caro por um serviço sucateado e agora, sequer pode contar com ele.
Enquanto isso, fontes do setor afirmam que o prefeito tem outras prioridades. “Ele está mais preocupado com o Carnaval do que com a situação do transporte público”, revelou um motorista que preferiu não se identificar. E assim, enquanto os tamborins esquentam, os trabalhadores e a população seguem à pé, esperando um posicionamento que insiste em não chegar.