Um servidor público estadual denunciou um episódio revoltante ocorrido na noite desta quinta-feira (9), por volta das 22h, no Hospital do Servidor, em São Luís. De acordo com o relato, ele levou o filho de apenas um ano, que chorava e gemia de dor, em busca de atendimento médico, mas teve o socorro negado pela equipe de plantão. Segundo o servidor, a justificativa apresentada foi que o nome da criança não constava no sistema do hospital, apesar de o menino já ter sido atendido outras três vezes no mesmo local.
O servidor afirma que tentou explicar aos profissionais que já havia solicitado a inclusão do filho no cadastro, mas, mesmo assim, o atendimento foi negado. Ele destaca que a decisão partiu do enfermeiro Jean Carlos Pereira, que teria afirmado não trabalhar para o Governo do Estado, mas para uma empresa privada que prioriza atendimentos de planos de saúde. “Mesmo se houvesse alguma pendência, poderiam ter feito o atendimento mediante minha responsabilidade. Estamos falando de uma vida”, desabafou o servidor, que lembrou que a recusa pode configurar crime de omissão de socorro, conforme o artigo 135 do Código Penal.
Indignado, o servidor registrou um boletim de ocorrência sobre o caso e afirmou que pretende acionar judicialmente os responsáveis, além de registrar denúncia na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele também pediu atenção do governador à situação. “Peço ao governador que olhe com mais atenção para o nosso hospital. Tenho certeza que ele não sabe o que está acontecendo”, concluiu o servidor.