A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (03), a Operação Transmissão Fraudulenta, com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes no sistema previdenciário que gerou um prejuízo estimado de mais de R$ 4,7 milhões aos cofres públicos. A investigação, iniciada em 2022, aponta que contadores formavam um grupo criminoso que falsificava vínculos empregatícios em sistemas oficiais para garantir a concessão indevida de aposentadorias e pensões.
Segundo a PF, os suspeitos inseriam dados falsos no sistema SEFIP/Conectividade Social, simulando relações de trabalho com empresas sem atividade econômica ou inativas, sempre com salários próximos ao teto do INSS. Ao todo, mais de 600 vínculos extemporâneos foram identificados, com pelo menos 40 empresas já confirmadas como envolvidas nas fraudes. Outras pessoas jurídicas seguem sob investigação.
A operação cumpriu cinco mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Maranhão. A ação é resultado do trabalho conjunto da Força-Tarefa Previdenciária, que envolve a PF, o Ministério da Previdência e a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP).
Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações, com penas que, somadas, podem ultrapassar 26 anos de prisão. A PF estima que a suspensão dos benefícios fraudados poderá evitar um prejuízo futuro de mais R$ 2,1 milhões.