Por trás do boicote, antes implícito, que se tornou perseguição explícita após os acontecimentos do último sábado (29), está uma frustração política do prefeito Eduardo Braide (PSD).
Eleito deputado estadual duas vezes e deputado federal na sequência, ele não conseguiu se eleger vereador na única tentativa que fez de ser conduzido à Casa legislativa.
Braide foi reprovado pelo crivo das urnas em 2008, quando tentou uma vaga na Câmara Municipal de São Luís pelo PSB. Com 5.128 votos, ficou na suplência, vendo Edivaldo Holanda Júnior e Osmar Filho, integrantes da coligação proporcional com o PTC, se tornarem parlamentares.
Nos anos seguintes, Braide recebeu de João Castelo, como prêmio de consolação, a titularidade da secretaria municipal de Orçamento Participativo de São Luís, onde ficou até ser eleito para a Assembleia Legislativa pela primeira vez.
Agora, enquanto prefeito, Braide tenta extravasar suas frustrações dificultando a atuação dos parlamentares ludovicenses, grupo ao qual não conseguiu fazer parte.