A Polícia Federal concluiu o relatório final da Operação 18 Minutos e o encaminhou ao Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha. O documento aponta indiciamentos de figuras de alto escalão do Judiciário, incluindo os desembargadores Nelma Sarney, Guerreiro Junior e Luiz Gonzaga, além dos juízes Alice Rocha e Cristiano Simas. O relatório também menciona assessores e advogados supostamente envolvidos no esquema, cujos detalhes ainda não foram totalmente divulgados.
O indiciamento representa um marco na investigação, mas não significa condenação. A fase processual agora depende das análises do STJ, que decidirá os próximos passos com base nas provas reunidas. No entanto, fontes indicam que a operação envolve suspeitas de favorecimento judicial, com decisões tomadas em tempo recorde – de apenas 18 minutos – levantando questionamentos sobre a lisura dos atos judiciais desses magistrados. A suspeita de tráfico de influência dentro do próprio Judiciário torna o caso um dos mais delicados dos últimos anos.
Até o momento, nenhum dos indiciados se manifestou publicamente. Nos bastidores, comenta-se que a defesa aposta na tese de perseguição política e jurídica, enquanto procuradores da República sustentam que há indícios sólidos de irregularidades. O desenrolar do caso promete movimentar os tribunais superiores e acirrar o debate sobre corrupção no Judiciário, um tema que, historicamente, enfrenta dificuldades para resultar em punições efetivas.