Nepotismo no Maranhão: STF pode derrubar nomeações de familiares de Carlos Brandão

Nepotismo no Maranhão: STF pode derrubar nomeações de familiares de Carlos Brandão

 

Na próx­i­ma quar­ta-feira (19), o Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF) pode decidir o des­ti­no de uma práti­ca con­tro­ver­sa que se per­pet­ua nos basti­dores do poder: o nepo­tismo em car­gos políti­cos. A votação, que ocorre antes do car­naval, pode traz­er impactos dire­tos para o gov­er­no do Maran­hão, onde o gov­er­nador Car­los Brandão (PSB) empre­ga par­entes em pos­tos estratégi­cos. Entre os ben­e­fi­ci­a­dos, está Orleans Brandão, sobrin­ho do chefe do Exec­u­ti­vo estad­ual, ocu­pan­do o car­go de secretário de Esta­do Extra­ordinário de Assun­tos Munic­i­pal­is­tas.

A dis­cussão gira em torno da Súmu­la Vin­cu­lante 13, que proíbe o nepo­tismo na admin­is­tração públi­ca. No entan­to, a brecha na leg­is­lação sem­pre ger­ou polêmi­cas: nomeações para car­gos políti­cos devem ou não ser incluí­das nes­sa proibição? O ex-gov­er­nador Flávio Dino, hoje min­istro do STF, pas­sou dois mandatos sem nomear famil­iares, con­tra­stan­do com a atu­al gestão, que fez do gov­er­no uma espé­cie de “negó­cio de família”. A depen­der do jul­ga­men­to, a cane­ta de Brandão pode perder o poder de assi­nar por­tarias em bene­fí­cio de par­entes.

O caso em questão nasceu em São Paulo, onde o Min­istério Públi­co ques­tio­nou uma nor­ma do municí­pio de Tupã que per­mi­tia nomeações de côn­juges e par­entes até ter­ceiro grau para car­gos políti­cos. O Tri­bunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) con­sider­ou a regra incon­sti­tu­cional, mas o tema chegou ao STF para uma definição nacional. Ago­ra, com reper­cussão ger­al recon­heci­da, o Supre­mo decidirá se essa práti­ca pode con­tin­uar ou se será final­mente ban­i­da dos corre­dores do poder.

Se a decisão for des­fa­voráv­el ao nepo­tismo, o impacto pode ser explo­si­vo em diver­sos esta­dos e municí­pios, onde gov­er­nantes seguem a tradição de empre­gar famil­iares sem pudor. No Maran­hão, por exem­p­lo, a lista de nomeações com laços de sangue pode ser enx­u­ga­da à força. A expec­ta­ti­va é de que o jul­ga­men­to esta­beleça um prece­dente históri­co, lim­i­tan­do o poder dos chefes do Exec­u­ti­vo de trans­for­mar gov­er­nos em feu­dos famil­iares.

Em tem­po : como cita a músi­ca , “ É ago­ra José ?”

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