O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, após identificar “reiterado descumprimento das medidas cautelares” impostas ao investigado. A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Bolsonaro, onde apreendeu seu telefone celular.
Na decisão, Moraes determinou que Bolsonaro está proibido de receber visitas, exceto de seus advogados, e só poderá manter contato com pessoas previamente autorizadas pelo Supremo. Também está vedado o uso de telefone, seja direta ou indiretamente, incluindo intermediários. A medida ocorre um dia após o senador Flávio Bolsonaro exibir o pai em uma chamada de vídeo durante manifestação no Rio de Janeiro.
O ministro ainda reiterou as restrições já impostas ao ex-presidente, como a proibição de manter contato com embaixadores, se aproximar de embaixadas ou autoridades estrangeiras, e o uso de redes sociais. Moraes foi enfático ao afirmar que o descumprimento dessas condições poderá levar à revogação da prisão domiciliar e à decretação imediata da prisão preventiva.