A crise política no Maranhão ganhou destaque na mídia nacional após veículos de grande circulação repercutirem o rompimento entre o ministro do STF, Flávio Dino, e o governador Carlos Brandão (PSB). A insatisfação, que já era perceptível nos bastidores, ficou escancarada após seguidas quebras de acordos políticos, comprometendo a unidade do grupo que, até 2022, caminhava coeso sob a liderança de Dino.
O estopim do racha foi a percepção, por parte de aliados históricos, de que Brandão não tem honrado compromissos firmados, especialmente após assumir o governo. A aproximação do governador com grupos adversários, como a família Sarney, e a falta de apoio a lideranças internas, como o ex-presidente da Assembleia, Othelino Neto, são apontados como sinais claros de traição aos acordos políticos firmados anteriormente.
O mal-estar se agravou quando Brandão não cumpriu a promessa de apoiar Othelino para continuar na presidência da Assembleia Legislativa, o que levou o deputado a romper com o governo e se filiar ao Solidariedade. O episódio foi visto por aliados de Dino como um dos mais graves gestos de deslealdade política dentro do grupo desde sua formação.
O próprio Flávio Dino, que conduziu Brandão ao poder, já confidenciou a pessoas próximas que considera a escolha do ex-vice como seu sucessor “o maior erro político” de sua carreira. A crise se intensifica com a movimentação de Brandão para tentar emplacar seu sobrinho, Orleans Brandão, como candidato ao governo em 2026, gerando mais descontentamento dentro da base.
Enquanto o grupo governista se fragmenta, cresce nas pesquisas o nome do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que surge como favorito na corrida pelo Palácio dos Leões. O cenário sinaliza que, caso Brandão não reverta a imagem de gestor que não cumpre acordos, o desgaste pode custar caro nas eleições de 2026, veja a reportagem da UOL: