Justiça decreta prisão preventiva de ex-prefeito de Godofredo Viana por desvio de merenda escolar

Justiça decreta prisão preventiva de ex-prefeito de Godofredo Viana por desvio de merenda escolar

 

O Judi­ciário do Maran­hão autor­i­zou a prisão pre­ven­ti­va do ex-prefeito de God­ofre­do Viana, Marce­lo Jorge Tor­res, de sua irmã e ex-secretária de Admin­is­tração e Finanças, Gihan Ayoub Jorge Tor­res, e do empresário Antônio da Con­ceição Muniz Neto. A decisão ocorre no âmbito de uma inves­ti­gação que apu­ra um esque­ma mil­ionário de desvio de recur­sos da meren­da esco­lar no municí­pio, após denún­cia apre­sen­ta­da pelo Min­istério Públi­co.

Segun­do as apu­rações, em 2014, quan­do Marce­lo Jorge ain­da esta­va no coman­do da prefeitu­ra, a gestão con­tra­tou a empre­sa de Antônio Muniz para fornecer ali­men­tação às esco­las da rede munic­i­pal. Emb­o­ra ten­ham sido pagos mais de R$ 85 mil, prati­ca­mente não hou­ve entre­ga de meren­da, e notas fis­cais frias somaram R$ 121.698,80. O caso foi con­fir­ma­do por dire­tores e nutri­cionistas, que relataram ape­nas duas entre­gas precárias durante todo o ano leti­vo.

Na decisão, o juiz desta­cou que os denun­ci­a­dos agi­ram de for­ma orquestra­da para frau­dar lic­i­tações e desviar ver­bas públi­cas, atingin­do dire­ta­mente cri­anças em situ­ação de vul­ner­a­bil­i­dade, muitas delas depen­dentes da meren­da esco­lar como úni­ca refeição nutri­ti­va do dia. A Justiça tam­bém deter­mi­nou o blo­queio de bens dos acu­sa­dos no val­or de R$ 1,25 mil­hão, além da que­bra de sig­i­lo telemáti­co de celu­lares e com­puta­dores para apro­fun­dar as inves­ti­gações.

Para o Min­istério Públi­co, a prisão pre­ven­ti­va foi necessária para evi­tar a con­tinuidade do pre­juí­zo à cole­tivi­dade, uma vez que os acu­sa­dos, em liber­dade, pode­ri­am manip­u­lar provas e pres­sion­ar teste­munhas. O proces­so é con­sid­er­a­do um dos mais graves casos de cor­rupção lig­a­dos à meren­da esco­lar no Maran­hão, já que, além do desvio de recur­sos, o esque­ma afe­tou dire­ta­mente a ali­men­tação e o apren­diza­do de cen­te­nas de cri­anças da rede públi­ca.

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