A Justiça do Maranhão determinou que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) recupere os danos ambientais causados após a venda irregular de um terreno em área de preservação. A negociação ocorreu em 2006, quando Eduardo Braide, atual prefeito de São Luís, era diretor-presidente da estatal. Como gestor, ele não poderia ter permitido a comercialização do lote, que fazia parte do Parque Estadual do Bacanga e, por lei, deveria ter sido preservado.
Durante as investigações, o Ministério Público do Maranhão (MPMA) revelou que a Caema usou 40 mil metros quadrados do terreno como garantia para o pagamento de uma dívida com o município. Posteriormente, a área foi leiloada por R$ 100 mil – um valor muito abaixo do mercado. Além disso, o MPMA constatou que houve desmatamento na região, agravando os danos ambientais.
A denúncia foi apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado, que alertou para a destruição da vegetação nativa dentro da unidade de conservação. Criado em 1980, o Parque Estadual do Bacanga protege nascentes que abastecem São Luís, sendo uma área de importância vital para o equilíbrio ecológico da capital.
Com a condenação, a Caema terá que adotar medidas para recuperar os danos causados e garantir a preservação da área. O caso levanta questionamentos sobre a gestão do patrimônio ambiental e reforça a necessidade de fiscalização rigorosa para evitar novas violações em áreas protegidas.