Um novo escândalo de corrupção pode estar prestes a explodir no Maranhão, envolvendo autoridades do governo, empresários influentes e suspeitas de conluio no Judiciário. O Terminal Rodoviário de São Luís, um dos principais pontos de mobilidade do estado, tornou-se palco de um impasse jurídico e político que já dura seis anos. De um lado, uma empresa maranhense que venceu a licitação; do outro, uma empresa baiana que continua operando o terminal graças a liminares suspeitas. A pergunta que não quer calar: quem está lucrando com essa guerra de interesses?
Justiça cega ou interesses escusos?
Apesar das vitórias judiciais da empresa maranhense, a decisão nunca foi efetivada. A empresa baiana, desclassificada no processo licitatório, mantém o controle do terminal graças a uma liminar concedida por magistrados sob suspeita de corrupção. O caso levanta sérias questões sobre a influência política nas decisões judiciais, especialmente porque o escritório de advocacia que defende a empresa beneficiada já foi acusado de negociar decisões junto a desembargadores e juízes. A situação começou na gestão de Flávio Dino e Carlos Brandão e, segundo denúncias, contava com o envolvimento direto de políticos e ex-dirigentes da MOB.
Propina, tráfico de influência e luxo às custas do povo
Nos bastidores, permissionários da rodoviária relatam um esquema milionário que inclui o pagamento de propinas, venda ilegal de espaços dentro do terminal e até concessões fraudulentas de linhas de transporte. Há relatos de que agentes públicos e empresários teriam recebido benefícios como viagens, hospedagens de luxo e bens de alto valor, incluindo lanchas e jet skis. Coincidentemente, uma lancha pegou fogo em um condomínio de luxo em Barreirinhas, o que gerou rumores de que o veículo pertenceria a um desembargador envolvido no caso. A pergunta que fica: seria um acidente ou queima de arquivo?
Denúncias e nomes que podem vir à tona
Fontes próximas ao caso afirmam que ex-funcionários da MOB e da SINFRA possuem informações explosivas sobre o esquema e aguardam apenas um chamado da Justiça para falar. Entre os nomes mencionados, aparecem figuras influentes ligadas ao governo, além de empresários que teriam financiado as operações clandestinas. Permissionários da rodoviária também estariam dispostos a depor, revelando como valores exorbitantes eram cobrados ilegalmente pela ocupação de espaços dentro do terminal. O advogado da empresa SINART, por exemplo, já foi flagrado usando tornozeleira eletrônica, reforçando os indícios de irregularidades.
Empresas se recusam a pagar propina e são bloqueadas
Enquanto empresas dispostas a pagar valores milionários em propina continuam operando sem problemas, outras enfrentam dificuldades. A empresa Ouro e Prata, por exemplo, teve suas supostas demandas ignoradas justamente por se recusar a participar desse suposto esquema. Já outra empresa teria pago supostamente um valor significativo a um advogado ligado à MOB, mas, mesmo assim, nada foi resolvido. O surgimento de uma nova empresa, supostamente ligada a um suposto familiar do governador, levanta ainda mais suspeitas de que a administração do terminal está sendo utilizada como moeda de troca política.
O Ministério Público deve abrir investigação , em outras matéria abordaremos mais detalhadamente essa denúncia que assombra o entorno da Rodoviária de São Luís …