Não é segredo para ninguém que o governador Carlos Brandão deixou de comandar o Maranhão de forma direta. Em vez disso, optou por terceirizar o poder ao sobrinho, numa clara tentativa de pavimentar o caminho para sua candidatura ao governo do estado. Enquanto a família Brandão articula seus projetos políticos, a população enfrenta diariamente os reflexos de um estado sem comando, principalmente na área da segurança pública, onde a sensação de medo se espalha pelas ruas.
O episódio mais recente desse caos ocorreu em São Luís, após o assassinato brutal do motociclistade aplicativo Franklin, cujo corpo foi encontrado na tarde de terça-feira. O crime gerou revolta e resultou em protestos e bloqueios em uma das principais avenidas da capital, forçando a tropa de choque a intervir para liberar o tráfego e tentar conter a fúria dos manifestantes. A cena expôs, mais uma vez, o colapso da segurança e a ausência de respostas firmes do governo, não iremos mostrar o corpo do motociclista em respeito a família.
Os motociclistas de aplicativos que paralisaram São Luís prometem intensificar os atos nesta quarta-feira, com novas manifestações previstas em frente à Assembleia Legislativa. O clima de tensão aumenta, e o sentimento geral é de que o Maranhão vive um estado de insegurança permanente, agravado pela ausência de liderança real e pela prioridade do governador em projetos familiares, em vez de políticas públicas que enfrentem a violência que assusta a população.