Deu no Estadão: Com patrimônio de R$ 479 mil, governador Brandão avalizou empréstimo de R$ 17 milhões ao sobrinho via empresa familiar

Deu no Estadão: Com patrimônio de R$ 479 mil, governador Brandão avalizou empréstimo de R$ 17 milhões ao sobrinho via empresa familiar

O gov­er­nador do Maran­hão, Car­los Brandão (PSB), autor­i­zou o uso de pro­priedades rurais de sua empre­sa famil­iar, a Coa­gri, como garan­tia de um emprés­ti­mo de R$ 17,7 mil­hões ao sobrin­ho Jesus Boabaid de Oliveira Ita­pary Neto. A oper­ação, real­iza­da jun­to ao Ban­co do Nordeste, ocor­reu durante a cam­pan­ha eleitoral de 2022, quan­do Brandão declar­ou pos­suir ape­nas R$ 479 mil em bens à Justiça Eleitoral. Segun­do reg­istros da Jun­ta Com­er­cial do Maran­hão, a for­mal­iza­ção do aval ocor­reu em setem­bro daque­le ano, dois meses antes da efe­ti­vação do crédi­to.

Empre­sa
Família do gov­er­nador donos da empre­sa

 

A Coa­gri, sociedade entre Car­los Brandão e seu irmão Mar­cus Brandão, colo­cou dois imóveis local­iza­dos em Col­i­nas (MA) como garan­tia da oper­ação finan­ceira. A cidade é tam­bém a ter­ra natal do gov­er­nador e sede da empre­sa. Ape­sar do envolvi­men­to dire­to na decisão empre­sar­i­al, o gov­er­no estad­ual afir­ma que Brandão não agiu como aval­ista pes­soal e que a oper­ação seguiu os parâmet­ros legais da modal­i­dade de crédi­to rur­al con­trata­da.

Gov­er­nador Brandão com seu irmão Mar­cus “o todo poderoso” como gos­ta de ser chama­do por pes­soas próx­i­mas

A con­tro­vér­sia ger­ou reper­cussão nacional e se soma a out­ras acusações de favorec­i­men­to famil­iar enfrentadas por Brandão. Uma ação no Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF), movi­da pelo par­tido Sol­i­dariedade, acusa o gov­er­nador de nepo­tismo por nomeações de par­entes, incluin­do Daniel Ita­pary Brandão, irmão de Jesus e atu­al pres­i­dente do Tri­bunal de Con­tas do Esta­do do Maran­hão. Em decisão ante­ri­or, o min­istro Alexan­dre de Moraes deter­mi­nou o afas­ta­men­to de três par­entes de Brandão de car­gos públi­cos, entre eles Mar­cus Brandão, tam­bém sócio da Coa­gri.

Em nota envi­a­da à impren­sa, o gov­er­no do Maran­hão negou qual­quer irreg­u­lar­i­dade. Argu­men­tou que a declar­ação de bens de Car­los Brandão à Justiça Eleitoral se lim­i­tou ao patrimônio indi­vid­ual, con­forme a lei, e que a Coa­gri pos­sui reg­istro con­tá­bil próprio, como pes­soa jurídi­ca. O comu­ni­ca­do reforça que não hou­ve aval pes­soal do gov­er­nador na oper­ação, e que o crédi­to foi con­trata­do com base em garan­tias reais exigi­das pela modal­i­dade de finan­cia­men­to agrí­co­la, veja a reportagem com­ple­ta aqui Estadão.

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