Oito novos empregadores maranhenses foram incluídos na lista suja do trabalho escravo divulgada nesta terça-feira (7) pelo Governo Federal. A atualização, feita semestralmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), reúne empresas e pessoas físicas condenadas administrativamente por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão, com o objetivo de dar transparência às fiscalizações e coibir práticas ilegais.
Com as novas inclusões, o Maranhão passa a ter mais de 40 empregadores na lista, figurando entre os estados com maior número de casos no país. As atividades econômicas mais citadas envolvem agricultura, carvoarias, pedreiras, alimentação e construção civil — setores historicamente vulneráveis à exploração de mão de obra. Os casos registrados nesta edição ocorreram entre 2020 e 2025, período em que o estado consolidou-se como uma das principais áreas de fiscalização no combate ao trabalho escravo.
Entre os nomes maranhenses recém-incluídos estão Amaterra Indústria Ltda (São Raimundo das Mangabeiras), Fazenda Ferreira e Godoy (São Félix de Balsas), Antônio Luiz de Lima Andrade (Codó), Antônio Marcone Queiroz Coutinho (São Francisco do Maranhão), Bruno Rogério Portela Figueiredo Ltda (São Francisco do Maranhão), Cleomilson Carneiro de Miranda (Loreto), Dimar Luiz da Silva (Ribamar Fiquene) e D T Monteles Limitada (São João do Sóter). Todos foram responsabilizados após conclusão de processo administrativo sem possibilidade de recurso.
As denúncias de trabalho escravo podem ser feitas de forma anônima pelo Sistema Ipê, ferramenta online criada em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Qualquer cidadão pode registrar informações sobre possíveis casos, que são avaliadas por auditores fiscais do trabalho. A lista completa de empregadores do Maranhão pode ser consultada no site oficial do Ministério do Trabalho e Emprego, que mantém o cadastro público e atualizado das empresas flagradas em práticas de exploração laboral.