O governador Carlos Brandão voltou a afirmar nas redes sociais que é parceiro do presidente Lula, mas suas ações no Maranhão seguem rumo oposto. Nesta segunda-feira (14), foi nomeado para a Secretaria de Esporte e Lazer (Sedel) o pastor Celso Dias, indicado pelo deputado federal Aluisio Mendes, presidente estadual do Republicanos e ferrenho bolsonarista. Não é um caso isolado: Brandão tem promovido uma série de nomeações que favorecem a direita maranhense, escanteando aliados históricos do campo progressista.
A estratégia do governador, que se diz socialista mas age como um articulador da direita, tem causado desconforto entre petistas e aliados de Lula no estado. O caso mais recente envolve a articulação sendo costurada nos bastidores pelo irmão do governador Marcus Brandão (MDB), para retirar o senador Weverton Rocha (PDT) da chapa de 2026, cedendo a segunda vaga ao Senado para Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) — parte de um acordo para garantir o apoio do partido à candidatura do sobrinho de Brandão.
Brandão, aliás, é conhecido nos bastidores da política por não cumprir acordos. Rompeu compromissos com Flávio Dino, que foi peça-chave em sua eleição, e já traiu diversos aliados ao longo da carreira. Sua fama de não confiável se espalha entre parlamentares e lideranças que hoje tratam compromissos políticos com um pé atrás.
Com aliados assim, Lula pode estar minando sua própria base no Maranhão. Brandão se apresenta como parceiro do presidente em Brasília, mas fortalece os adversários do petismo no estado. O discurso de lealdade é confrontado por práticas que alimentam o bolsonarismo com cargos, influência e poder dentro do Palácio dos Leões.
Em tempo : Brandão como bom tucano, apenas camuflou as penas …